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Brasil. Sociedade civil e entidades públicas terão acesso a dados sobre idosos

Viernes, 20 de Junio de 2008
Políticas y Derechos

Da Agência Brasil
18/ junho/ 2008.


Brasília - O índice de denúncias de violência contra o idoso tem aumentado. Só em 2007, 116 mil pessoas acima dos 60 anos foram vítimas de violência no Brasil e, muitos desses casos, acontecem dentro da própria família. Para o subsecretário de Promoção e Defesa dos Direitos Humanos, Perly Cipriano, é necessário construir uma rede de defesa para esse público.

Com esse objetivo, foi lançado hoje (18), em Brasília, o Observatório Nacional do Idoso da Secretaria Especial dos Direitos Humanos (SEDH), um mecanismo que reunirá tratados, leis, normas e dados sobre os idosos brasileiros.

“O observatório será um instrumento importante no sentido de socializar as experiências de mostrar o que está acontecendo nos municípios, nos estados e na União. Então, vai permitir que as pessoas localizem as informações. Nós teremos facilidade de constatar o que estará sendo produzido na área do idoso”, explicou Cipriano.

Além do observatório, a SEDH realiza a Campanha de Prevenção à Violência Contra a Pessoa Idosa que conta com a ajuda e o trabalho de 19 Centros Integrados de Atenção e Prevenção da Violência Contra a Pessoa Idosa (Ciapi) espalhados pelo país.  Esses centros têm advogados e psicólogos que ajudam a fazer o encaminhamento correto de denúncias de violência ou violação da pessoa idosa. De acordo com Cipriano, os centros serão implantados em todos os estados até o fim do ano.

No Tocantins, por exemplo, as atividades do Ciapi tiveram início este ano. De acordo com a psicóloga do centro, Jordana Barcelos, já foram realizados 327 atendimentos aos idosos no estado. Segundo ela, Tocantins é o quarto estado com maior número de casos de violência contra esse público.

“Os atendimentos são feitos de diversas formas, como em visitas, nas quais nós vamos até a casa para conhecer esse ambiente social onde ele vive, como ele vive, para que a gente possa triar o nosso trabalho e fazer a parte de apoio e assistência a ele”.

Jordana disse também que nos centros o idoso tem o apoio da assistência jurídica, que conta com um defensor público exclusivo para as pessoas da terceira idade. “Quando constatada realmente a violência, o departamento jurídico entra em ação e eles vão buscar os procedimentos necessários para a cada caso”, completou.