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Para a Coordenadora Nacional da Pastoral da Pessoa Idosa o Brasil continua desatento com os velhos

Lunes, 30 de Abril de 2012
Artículos, experiencias, actividades

Entrevista da Irmã Terezinha Tortelli concedida durante o Encontro Regional Sudeste ao Jornal 3ª Idade - Edição de Abril/2012.

Desde o dia 18 de maio de 2010 que a Irmã Terezinha Tortelli é a Coordenadora Nacional da Pastoral da Pessoa Idosa da CNBB- Conferência Nacional dos Bispos do Brasil. Nascida no Interior do Rio Grande do Sul, ela é enfermeira formada na PUC do Paraná, pós-graduada em Planejamento Familiar pela Universidade do Chile e em Gerontologia Social pela PUC do seu estado natal. Há dois anos ela carrega duas das missões mais difíceis da igreja católica no país: fazer com que centenas de voluntários de todo o país mantenha viva a proposta da PPI criada pela médica Zilda Arns - falecida tragicamente no terremoto do Haiti - e angariar fundos para a Pastoral, que perdeu apoio político junto ao seu maior financiador, o Ministério da Saúde.

Jornal da 3ª Idade- Quantos idosos são atendidos em todo o Brasil pela PPI?
Irmã Terezinha Tortelli- São mais de 180 mil idosos em todo o país, em 5400 comunidades e com 184 dioceses.

Jornal- Por que a senhora credita como uma das mais importantes contribuições da PPI a diminuição das quedas em idosos?
Ir. Terezinha- Esse é um dos indicadores mensuráveis do trabalho que a PPI está fazendo com os idosos, embora outros tão importantes não possam ser quantificados.
Quando ocorre a queda num idoso é possível saber os gastos, porque na sequência vem a internação e as despesas de hospital e remédios. De todos os idosos que acompanhamos 63 mil deixaram de ter quedas. Quantas internações foram evitadas, o que além do sofrimento também evita gastos para o governo.

Jornal- Esses números não sensibilizam o Ministério da Saúde para um apoio mais efetivo para a PPI?
Ir. Terezinha- Nós ainda estamos tentando dar visibilidade a PPI. Tentando mostrar nossa contribuição em 8 anos de existência.

Jornal- E por que é difícil?
Ir. Terezinha- No Brasil ainda se dá pouca importância ao envelhecimento.

Jornal- E a saúde é o que mais importa?
Ir. Terezinha- A saúde é um direito de todos, mas para o idoso é prioritário, porque ele não tem como esperar.

Jornal- O que as pessoas podem fazer para ajudar a fortalecer a PPI?
Ir. Terezinha- O importante é as pessoas fortalecerem a rede de apoio aos idosos das suas cidades. A PPI faz parte dessa rede e como faz um trabalho específico de atendimento domiciliar esta no começo da rede. Precisamos ter para onde encaminhar o idoso para ampliar a sua proteção, seja na Saúde, na Segurança, em diferentes serviços.

Jornal- A PPI está no Conselho Nacional dos Direitos do Idoso, isso ajuda?
Ir. Terezinha- O próprio CNDI está com dificuldades de ampliar sua atuação. Nós defendemos a criação da Secretaria do Idoso, com status de ministério.

Fuente: PPI – 23/4/2012
http://www.pastoraldapessoaidosa.org.br/